quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"Então é natal .. E ano novo também .. Que seja feliz quem, souber o que é o bem"

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

a gente se vê por ai, 2010...

Beijos, abraços, férias, carnaval, despedidas, lágrimas, dores, mudanças, amadurecimento, solidão, frieza... Internet, conversas, trotes,fotos, larica, amigos, sorrisos, bebedeiras, Copa do Mundo, bailes, shows, churrascos... Sonhos, Metas, Objetivos, Medos, Confusão, cursinho, vestibulares, ENEM... Trabalho, crianças,raiva, cansaço, sono, carinho, recompensa, aprendizado... Familia, mãe, separação, união, força, superação... Musica, festas, parque de diversão, piscinas, sol, verão... Amor, calor, toque, brigas, intrigas, relevância, casa do pastel, diálogo, tim sem fronteiras, viagens, choros, silêncio, amor.. Pizzas, Filmes, chuvas, cobertor.. Kaká, Carol, Luca, princesinha, twitter, youtube, emails, felicidade.. São Paulo, Milan, Real Madrid, Centernada (kkk) ... Feijão tropeiro, cuzcuz, kibe assado,rapadura, pao com frango, professores, escola, provas, D. Valda, risadas, fichario do Kaká, hora da leitura, violão, brigas,amizades, companheirismo, adeus, saudade ...
Formatura, Oradora, nervosismo, aplausos, realização...
Festa, valsa, vodka, pé fudido, palco, madrugada ...
Equilibrio, Mudanças, Confusão.. 2010! Passado, presente, futuro, incertezas e fé ... 2011!

domingo, 29 de agosto de 2010

E mais uma vez elas floresceram..

Eu moro em cidade pequena, sem atrativo algum. Passo pelas mesmas ruas, encontro as mesmas pessoas e sabendo disso já saio de casa com aquele meio sorriso no rosto; tenho preguiça de dizer "Olá, tudo bem?", então é mais fácil balançar a cabeça e apenas sorrir.
E foi em um dia comum, seguindo a minha eterna rotina, que eu de repente abri os olhos e me deparei com uma beleza tão intensa e significativa que foi impossivel não absorve-la e pensar sobre ela.
Acordo todo dia as 6 hrs, vou pra escola, volto, almoço e vou trabalhar. Chego, troco de roupa e vou pro cursinho, chego em casa, me jogo na cama e acordo no outro dia, com o despertador, novamente as 6 hrs.E foi nessa correria que eu não vi como o tempo passou e a primavera já está logo ai..
Eu estava com meus fones de ouvido, pensando em como esse ano está sendo estressante, e fechei os olhos, tentando respirar fundo, suprimindo o choro na garganta. Quando abri, fiquei perplexa com tanta beleza: uma mistura de tonalidades: violeta, rosa, pink... todas contrastando com o azul do céu. Um manto de folhas se fez sob o asfalto e o vento suave trazia todo o calor da estação. Me deu uma vontade enorme de chorar. Chorar por estar andando com a cabeça tão baixa a ponto de não perceber como a vida é simples, de não ter tempo de sentar na rua e ficar contando estrelas. Senti saudade da minha essência e ali, no meio da rua, eu rezei.. Pedi à Deus pra que Ele não me deixasse embrutecer, para que quando eu estivesse perdida Ele novamente abrisse meus olhos. Mas acima de tudo, eu agradeci por estar exatamente naquele lugar, por ter a oportunidade de ver toda aquela beleza e me renovar, deixar surgir uma nova estação dentro de mim.

A privamera está chegando..
A MINHA primavera está chegando.. Me perguntam o que quero ganhar, e eu sempre fujo do assunto. Ainda não entenderam que presentes não sustentam minha alma, sentimentos sim!

sábado, 14 de agosto de 2010

posso dormir aqui ?

Medo... de nada dar certo, tudo ser em vão. Medo da frustação, da decepção; talvez não a própria mas sim à daquela pessoa que mais acredita em você.
Se me dessem um poder eu simplesmente ia parar o tempo, deixar tudo assim como está. As mudanças se tornam inevitavéis e depois de tanto tempo fugindo elas me alcançaram, e agora eu estou aqui, pela primeira vez sintindo-me perdida. Não resiti a tanta pressão e chorei, sem vergonha alguma de dizer que tenho medo.
Eu tento absover tudo, mas a sensação de impotência é tão grande que me derruba e junto comigo se vão todo os sonhos e planos. E o mais engraçado, é que quando você espera um ombro amigo ou uma mão pra te ajudar, você percebe que todos estão ocupados em seus dramas particulares; ou simplesmente não podem te iludir dizendo que tudo vai ficar bem.
E era só isso que eu queria escutar...
Mas em resposta tive: " Se acostume a vida é assim mesmo."
Ora, seria hipocrisia demais se eu dissesse que não preciso de mais ninguém pra me ajudar a ver o mundo real ? Meus olhos já estão se acostumando com essa intensa e dolorida claridade,
Eu só queria alguém que me tirasse do chão, tivesse um colo reconfortante e entre um soluço e outro, citasse uma frase de otimismo.

Isso tudo não é carência, é apenas insegurança ... Medo.

"Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar

Há uma luz no túnel dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar

Eu estou na lanterna dos afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar"

Lanterna dos afogados - Paralamas do Sucesso

sábado, 24 de julho de 2010

Sem jeito

"Te amo desse jeito
Meio sem jeito
Saudade aperta o peito
Mesmo ao teu lado

Não vê que eu sou assim
Perdida de amor
Começo pelo fim
Te amo desse jeito
Meio do avesso"

Eu amo da pior maneira possivel, do jeito mais egoista e impróprio. Mas eu AMO

alguém ai quer brincar comigo?


Acordei meio zonza, abri a porta do quarto e tropecei numa boneca, jogada no chão. A sala estava em completa desordem, tanta bolsas, quites de maquiagem e barbies espalhadas por todo lugar. " Eu definitivamente era mais organizada quando criança." Juntei tudo num canto e fui preparar meu café da manhã: um misto quente e café bem forte. " Antigamente eu adorava pão com geléia de morango e todynho." Liguei a tv e passei todos os canais, parei no noticiário da manhã, mas são tantas as notícias ruins que o coração até apertou. Acabei deixando na turma da Mônica, e coincidentemente, passou duas histórias que eu já conhecia; lógico, eu os adorava , eles me faziam rir todas as noites antes de dormir. Lembrei da coleção de gibis, abandonadas dentro de uma caixa, em cima do guarda-roupa. Olhei pros brinquedos no chão, e eles pareciam me chamar. Peguei um boneco, ele tinha cheirinho de bebê. Instantaneamente comecei a nina-lo, e ele dormiu. Apertei-o tão forte contra o peito e me permitir ficar assim, deitada no sofá, sozinha em casa, assistindo o programa da Xuxa. Lembrei que sempre odiei a Xuxa, e procurei o programa da Eliana; ele não existia mais.
Me deu vontade de chorar, e abracei mais forte aquele bebê que até pouco tempo atrás se chamava Chiquinho, mas que atualmente tinha o nome de Miguel. Ele acordou e começou a chorar. Tive que trocar a fralda, preparar a mamadeira e nina-lo novamente.
Fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei uma gelatina. Não me importei quando ela caiu no meu cabelo e sujou meu pijama. Fui no meu quarto e vi não tinha arrumado a cama. " Isso pode esperar." Olhei em volta e vi que os ursinhos haviam sumido e as bonecas cederam seus lugares aos livros. " Onde estão todos os meus brinquedos?" Senti uma vontade imensurável de gritar, espernear. Porque não me deixaram ser criança? Porque eu tive que crescer e assumir essa postura? Porque agora não tenho medo do escuro, do bicho papão?
Queria correr pra casa da minha avó, me jogar na poltrona e assistir " Castelo rá-tim-bum" ou quem sabe ajudar minha madrinha a preparar um bolo e sempre derrubar farinha no chão. Aonde estava meu primo pra que eu pudesse subir em suas costas e dormir? Queria que minha mãe pulasse corda comigo, ou que meu pai me ensinasse a nadar, mergulhar bem fundo, achar tesouros.
Crescer é sinônimo de chatice, tédio, solidão. Chamei por meus amigos imaginários; acho que eles me esqueceram.
Percebi que chorava, por saudade. Pela primeira vez em tantos anos eu sentia falta da infância, dos momentos que eu era apenas uma criança e minhas travessuras logo eram perdoadas pois meu sorriso banguelo derretia qualquer coração.
Achei um chiclete da barbie debaixo da almofada, o gosto era de tutti-frutti, mas parecia borracha; não sei como meus frágeis dentes de leite sobreviveram a muitos desse.
Tive vontade de jogar todas minhas responsabilidades fora: estudos, trabalho.. ora, quem precisa deles? Mas a minha parte adulta me disse " não seja ridícula."
Ridículo..
Há dez anos atrás não me importava com essa palavra, talvez nem sabia o seu significado. Mas hoje, ela é tão presente. Em tudo.
Antes eu era poupada das notícias ruins, meus rabiscos eram obras de artes e qualquer tropeço era sanado com um afago. Hoje tenho que tomar decisões, resolver meus próprios problemas.. e tempo para brincar de boneca? aah, isso não existe mais. Elas nem estão mais lá, em cima da cama, me esperando.
Eu era criança, e isso era motivo suficiente pra ser feliz.

Acordei desse sonho nostálgico e, mesmo não podendo voltar, mesmo sendo obrigada a assumir o que sou hoje, me deu conta de que sempre serei criança, sempre vou levar comigo aquilo que sobrou da menina de cachinhos caídos no rosto, olhar curioso e sorriso timido. Afinal talvez ela seja o elo mais fantastico da minha história, a resposta do meu presente, a lembrança pro futuro incerto.
É dificil crescer, mas é inevitável. É o que eles chamam de vida...

Arrumei toda a bagunça que os primos menores fizeram no dia anterior. Dei um beijinho no Miguel ( ele ainda estava dormindo) e o guardei.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

" Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades,
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço,
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo"


- Sobra tanta falta - O Teatro Mágico

sexta-feira, 16 de julho de 2010

"Sou egoísta, impaciente e um pouco insegura.
Cometo erros, sou um pouco fora do controle e as vezes
difícil de lidar, mas se você não sabe lidar com o meu
pior então com certeza você não merece o meu melhor."
(Marilyn Monroe)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

back.

Eu realmente queria escrever algo bonito, ou talvez interessante. Mas me sinto tão vazia, tão inerte em pensamentos, que me faltam palavras pra tudo que tenho vontade de dizer. Sabe a sensação de que você está perdido no espaço e que nada parece ter muito sentido? Olho pro lado e vejo tanta coisa que não dou a mínima. E a cada instante estou sendo empurrada pra uma encruzilhada, pra um lugar que não sei como chegar, mas que me chama e eu não consigo evitar.
Fugir não adiantaria, pensar positivo muito menos.
Tenho que entender que por mais que tente controlar a minha vida, ela me prega peças, e ainda ri da minha cara.

Será que alguém entede tanta palavra sem sentido, que foram despejadas nesse texto?
Eu só quero o silêncio. Eu só quero me ter de volta.

Um agradecimento.


A alguém que fez minhas mãos tremerem, o coração saltar dentro do peito e os olhos deixar-se invadir por lágrimas. E hoje eu sei que todos esses 8 anos de dedicação valeram a pena. Você SABE que eu to aqui do outro lado do mundo; sabe que dentro do meu coração há um espaço só de vocês. Obg minha linda, por um gesto tão simples teu, por um segundo de atenção que nunca vai me deixar desistir de continuar aqui, firme na rocha, por vocês.

Caroline Lyra Celico, minha admiração, carinho e respeito por vc apenas aumenta a cada dia, obg por ser essa princesa, menina dos meus olhos. Você não sabe o bem ENORME que me fez s2
Ter certeza não é mais suficiente, é necessário viver.
É estranho sentir e não saber expressar.
Estranho é faltar quando tudo se mantém inteiro.


E eu continuo aqui.

domingo, 6 de junho de 2010

Eu desejava febrilmente que ele ficasse. Implorava pro meu coração se acalmar, mas ele desmanchava-se enquanto ouvia aquela voz serena me pedindo pra tentar entender toda a situação. Eu simplesmente não soube lidar com a frustação. Fiquei horas programando o próximo dia, eu queria estar ao lado dele. Porque era tão dificil entender que eu PRECISAVA daquela presença?
E meu lado egoista veio a tona: fiz beicinho, chantagem emocional, e tudo mais que qualquer criança faria para ganhar um doce.
E ele ficou; pelo meu desequilibrio, pelo meu amor.
Sorri preguiçosamente, vitoriosa; um pouco corada pelo constrangimento desse meu alterego, mas meus olhos não negavam a alegria dessa "conquista".
Ele me enlaçou docemente, beijou minha testa e disse: " Minha chatinha linda".
E meus lábios sibiliaram um simples, mas verdadeiro "Eu te amo". ♥

_ Me dá um beijo de despedida?
_ Não, não quero despedidas.
_ É, despedidas são tristes.. Então me dá um beijo de tchau.
_ Tchau não. Te dou apenas um beijo.

Sem despedidas, sem tchau, sem fim.

domingo, 30 de maio de 2010

Foi um presente tão pequeno, mas ali eu soube toda a grandeza desse sentimento. Tudo que há por trás, ou muito mais que isso: compreensão, carinho, aceitação.
E esse simples gesto significou muito; talvez não a melhor, mas sim a maior prova de amor.

Romantismo perdido

É estranho pensar como o amor foi marginalizado. As mulheres perderam seus valores e se sentem o máximo quando um estranho qualquer chega com cantadinhas pobres e mãos bobas. Ando pela rua e vejo casais se 'pegando' tão brutamente que isso me enoja.
Nunca quis que um cara sarado chegasse em mim e dissesse: " oi gata, vamo ae?"
Sempre sonhei à moda antiga, com um amor simples, palavras líricas ao pé do ouvido, gentilezas, carinhos doces.. Alguém que segurasse minha mão e levemente tocasse meus lábios, que me abraçasse para me proteger do frio, e que se emocionaria me vendo dormir. Não precisaria ser um príncipe num cavalo branco nem todas aquelas baboseiras, bastaria alguém que eu visse em seus olhos um carinho puro, e que a cada dia me provasse um amor ingénuo.
Me sinto uma estranha nesse mundo onde é 'normal' confundir intimidade com falta de respeito e tratar a namorada como uma qualquer, fico alienada com tanta gente querendo ficar, ficar e não ter o menor sentimento por trás disso.
Sacanagens não me excitam, quantidade nunca foi e nem será qualidade, e o romantismo, ao meu ver, é sempre essencial.
Me desculpem se sempre coloquei o amor acima da vontade carnal, o respeito acima da ignorância.

Tenho meus príncipios, meus valores e no fim, ainda sou tachada de careta.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR! "

Clarice Lispector

terça-feira, 25 de maio de 2010

As lágrimas nunca cessariam - foi seu primeiro pensamento logo pela manhã. Acordara cedo, milagre talvez.
Talvez ELA precisasse de um milagre.
Viu que o sol mal havia nascido, e ela precisava conversar, expulsar tudo aquilo que estava na garganta. Ligou para a melhor amiga, ela não atendera, com certeza estava dormindo, como pessoas normais faziam a uma hora dessas. Desistiu de tentar falar, a garganta secou, a dor voltou mais cruel, mais dura; a tempestade começou, novamente. E ela precisava de abrigo, não aguentava mais tanta destruição dentro de si. Começou a chover lembranças, e jorros violentos de lágrimas vieram á tona. Ela agarrou-se à seu travesseiro, não queria lembrar, não PODIA remoer tanta mágoa. Lutava contra seu próprio coração.
Respirou; contou até mil, pensou que ninguém poderia derruba-la, nem mesmo aquele grande amor. Deu-se valor, disse que tinha orgulho demais para ficar assim. Esboçou um sorriso, respirou mais fundo e sentiu aquele conhecido perfume, que pairava no ar como um castigo. Caiu novamente, no vazio.
Ela queria um motivo, um porquê. Se esforçou tanto, se doou, AMOU e o fim chegou traiçoeiramente, lhe tirando aquele momento eterno.
Não precisava de apoio, não precisava de palavras; ninguém conseguia ajuda-la. Ela precisava da presença dele, do amor DELE. E o mundo poderia se resumir a isso.
Ela abriu os olhos, sentiu o rosto molhado, e tentou se reencontrar. Os lábios sibilaram uma prece, simples, mas que aliviou a alma. Era tão jovem, sabia que a vida não iria parar para que ela juntasse os cacos do coração quebrado, pisado, destruído por alguém tão malvado, mas tão belo e sedutor. Ela pode ter sido apenas mais uma, ou aquela que o marcou, agora não tinha importância. Tinham uma história, um momento e aquilo seria pra sempre deles.
Ela ia se recuperar e sabia disso, só precisava de tempo e pedia para que ele viesse logo. Tinha consciência do mundo lá fora, mas dentro do seu mundo tudo havia se perdido: os sonhos, as esperanças, o sentimento mais verdadeiro que a nutria. E novamente chorou, pela perda, pela dor. Sabia que seria assim durante um bom tempo, a mágoa nunca sumiria, mas o tempo amenizaria tudo. Tinha um futuro pela frente, e mais do que nunca, ela ânsiava por vivê-lo.
O coração? Aquele pequeno pedaço que restara ainda pulsava, talvez com certa relutância, porém cada vez mais forte. Cada segundo com mais certeza de que ele estava vivo e feliz por sobreviver. Ela ia conseguir, ela sabia.
Limpou os olhos, trocou de roupa, deu bom dia a todos da família e saiu; para viver.


dedicado á um grande amigo, que me pediu um texto. Foi pouco e simples, mas de coração. Kaique Arakaki, amizade eterna. Meu amigo, meu irmão !

A moda agora é ser vilão

A moda agora é xingar qualquer pessoa que cruzar o seu caminho, é pragear contra a família, se auto intitular a ovelha negra de qualquer grupo social que o envolva. A moda é tramar contra o colega, derrubar o chefe e se sentir o maioral. A moda é ser maquiavélico, usar a sedução para sobrepor a honestidade e conseguir o poder. É querer roubar e não ter bolsos para carregar.
É mandar, ridicularizar, humilhar, armar.
É ter elegância, charme, beleza, inteligência, riqueza.

Ser vilão virou status.

num relacionamento o tempo ensina;

O tempo passa, e com ele a gente aprende "o mais":
. a ser mais tolerante
. a se doar mais
. a pensar mais antes de agir
. a ser mais carinhoso
. a dominar mais o ciúmes
. a pensar mais na pessoa do que em nós
. a querer mais a companhia dele
. a aprender a perdoar mais e a errar menos
. a dialogar mais
. a ter mais confiança
. a gostar mais das coisas dele
. a entender um pouco mais a cabeça dele
. a se tornar cada dia mais dependente
. a amar apesar das imperfeições, cada dia mais&mais !

" Pra quem falar que namorar é perder tempo eu digo, há muito tempo eu não crescia o que eu cresci contigo"

Amor, eu te amoo ! Juliana & Fabrizzio

Ela sentou-se num bar, pediu uma dose e tragou seu cigarro. Soltou a fumaça lentamente; observou desenhos, talvez um coração partido e pensou: " isso um dia acabará me matando." Olhou em sua volta, percebeu que chamava a atenção; o vestido preto, botas elegantes, perigosas; o batom vermelho, a pele clara; um contraste, como era sua vida. Sorriu dentes perfeitos, alinhados, cheios de desejos.
Pensou em como chegara ali, e em como sonhava ser professora de primário. Doce ilusão - pensou ela- a vida não era assim tão simples. Passou as mãos pelos cabelos, olhou de relance para a mesa ao lado e viu um homem fino, de belo porte que levantou um copo em sua direção. Ela balançou a cabeça suavemente num sinal afirmativo e ele se aproximou, puxou uma cadeira e ofereceu-se para pagar mais uma dose. Eles bebericaram durante certo tempo; ela levantou gentilmente e foi até o toalet, ajeitou a maquiagem, penteou o cabelo negro, e retocou o batom vermelho sangue. Olhou-se no espelho e sabia que seria uma noite daquelas. Desejou estar com sua filhinha tão pequena, inocente, que a uma hora dessas durmia feito um anjo, rezou para que a febre de sua menininha não voltasse e saiu batendo a porta.
Procurou o homem e o viu encostado em um carro preto, importado. Ele sorriu maliciosamente de volta e abriu a porta para ela.
- E lá vamos nós - disse ela silenciosamente, e, sentando no banco do carro puxou delicadamente o vestido para mostrar suas coxas leves, torneadas, graciosas. Sentiu a vibração no ar e sabia que logo tudo aquilo estaria acabado. Era uma tortura, mas era sua vida. A professorinha ingênua dentro de si enojava-se a cada noite, mas ela sabia que tinha alguém que dependia dela. Alguém que estava sozinha, em um berço esperando sua volta. Seus pais também precisavam de mais dinheiro, afinal o preço do remédio havia subido e o velho não podia ficar sem seus comprimidos para a pressão.
"Hoje não terei escapatória" e começou a roçar suas mãos na perna daquele homem desconhecido, que logo respirava excitadamente, parando o carro na beira da estrada.
" Nunca vi uma mulher tão sexy como você" e foi tirando a roupa, acariando rudemente seu corpo.
"Eu sei, e pode ter certeza que você não conhecerá mais nenhuma mulher como eu" e com tal agilidade se desfez de seu vestido e pulou em cima dele, fazendo urrar, delirar cada instante mais. Fechou os olhos e sabia que fazia um belo serviço, sou profissional pensava ela. Enchia-o de prazer, mas o único sentimento que tinha dentro de si, era o desprezo.
No momento em que o extase explodiria, ela suavemente puxou o canivete que estava encaixado em sua bota, e enfiou o mais fundo que conseguiu no peito daquele homem. Viu novamente naquele rosto a mistura de prazer e terror, e num piscar de olhos tudo estava feito. " Nada contra você meu querido, é apenas trabalho" sussurou ela secamente, empurrando aquele corpo, ainda suado, para fora do carro.
Pegou a carteira, a chave do carro e foi embora, rumo ao seu pequeno apartamento no centro da cidade. Girou a maçaneta, foi ao quarto de sua menininha e acariciou-lhe o rosto. Viu que dormia tranquilamente e se dirigiu ao banheiro, para um banho quente, para tentar tirar toda a sujeira de seu corpo e talvez tudo aquilo que se acumulava noite após noite em sua alma.


"Mas ela diz, que apesar de tudo ela tem sonhos. Ela diz, que um ainda há de ser feliz, se Deus quiser."
Biquini Cavadão
Acordei com a claridade batendo na janela, sempre a mesma luz, o brilho intenso. E eu ainda zonza de sono me dirijo ao banheiro; fico com preguiça de lavar o rosto com essa agua tão gelada. Me olho uma, duas vezes no espelho e não vejo nada. Pego meus óculos velhos, ligo a tv no jornal da manhã e vejo os desastres do mundo. Como meu sucrilhos incessantemente, meu rosto se lambuza de açúcar e me enlaço nas pequenas almofadas do sofá. O tempo passa.
Tiro as meias surradas, sinto o chão frio, e vou até o quintal olhar o céu acinzentado; feio, estranho, tranquilo. Meu cachorro bate suas patas em meu peito e lambe meu rosto; xingo em pensamento por toda aquela sujeira, mas vejo aqueles olhos sorridentes e não escapo dessa ternura. Logo o outro chora de ciúmes, e eu me desdobro em duas para lhes dar um simples carinho. É tão simples e verdadeiro, é admirável.
Ouço o barulho dos carros, vozes estranhas na rua e eu me escondo novamente em casa. Penso em ligar para algum amigo, mas sei que todos estarão dormindo, perdidos em sonhos doces ou pesadelos verdadeiros de suas próprias mentes.
Me recuso a tirar o pijama, ajeitar o cabelo, organizar minha vida. Ligo a tv, canso. Desligo.
Ligo o rádio, ondas me atingem trazendo lembranças, pessoas, lugares, pensamentos.

Desligo-me.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Totalmente egocêntrica, enjoada ao extremo, grossa, rude e sem paciência para mimimi. Só sei falar besteira, ando totalmente fora de moda, não curto elogios, nem que me façam de exemplo. Odeio fazer o que os outros querem, sou rancorosa, extresso com mínimas besteiras. Não presto atenção no que os outros falam, e falo sem prestar atenção. Não sou legal, não dou abertura pra quase ninguém e é MUITO difícil me aturar. Tenho dias bons que nem eu me reconheço. Tenho das ruins que nem eu me aguento. Mas apesar de tudo tenho um bom coração, sonho com a salvação do planeta e que o amor domine o mundo. JMZ
Estas alegrias violentas tem fins violentos. Falecendo no triunfo,como fogo e polvora, que num beijo se consomem.

Uma mãe e a sua filha estavam a caminhar pela praia.
Num certo ponto, a menina perguntou: Como se faz para manter um amor ?
A mãe olhou para a filha e respondeu: Pega num pouco de areia e fecha a mão com força...
A menina assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia com a mão com mais velocidade a areia se escapava. Mamãe, mas assim a areia cai ! Eu sei, agora abre completamente a mão...
A menina assim fez mas veio um vento forte e levou consigo a areia que restava na sua mão. Assim também não consigo mantê-la na minha mão! A mãe, sempre a sorrir disse-lhe: " Agora pega outra vez num pouco de areia e mantem-na na mão semi-aberta como se fosse uma colher... bastante fechada para protegê-la e bastante aberta para lhe dar liberdade.
A menina experimenta e vê que a areia não se escapa da mão e está protegida do vento. É assim que se faz durar um amor.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

cansei;



Eu vejo tanta hipocrisia, varios sorrisos falsos e palavras mascaradas. Ouço historias, difamaçoes e fico calada assistindo a todo esse show. É extressante ver pessoas buscando apenas o que lhes conforta, aquilo que é melhor para si mesmo, contruindo um mundo cada vez mais egocentrico e altruista. Ninguém sabe ceder, ninguém quer dialogar, perdeu-se os valores. E crescendo em meio a tanta sujeira quem pode julgar os jovens com seus objetivos acima de qualquer coisa? Já cansei, vivo no meu canto, tento nao criar conflitos mediante tudo que ouço e me calo, e mesmo assim parece que ninguém tem consciência disso.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Monte Castelo


Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria.

O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...

É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


"Então me abraça forte, me diz mais uma vez que já estamos distante de tudo. Temos nosso próprio tempo" Legião Urbana

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


"E tudo era muito para um coração de repente enfraquecido que só suportava o menos, só podia querer o pouco aos poucos." Clarice Lispector


Perdoem as minhas loucuras ..


Já acordo com varias coisas na cabeça; tenho que ser assim, tenho de fazer aquilo.. Preciso agradar, tentar, alcançar, esforçar, batalhar (...) As vezes tenho a impressão de que nada disso é o que realmente preciso..
A sociedade tão cheia de padroes me suga pra esse sistema. Por alguns segundos eu gostaria de respirar, voar, seguir sem medo de repressão. Mas minha parte racional logo avisa que tenho uma vida cronometrada, com objetivos, provaçoes, sonhos que talvez não sejam meus, mas que terei de vive-los. Quem disse que ter um emprego de alto escalao me trará felicidade? Porque tenho que sair do ninho e me jogar tão brutamente ao desconhecido? E se ficar pra respirar esse ar puro, e se quizer ter uma vida simples, a decepção vai ser grande?
O fato é que nascemos com a farda de ser melhore buscar mais e mais, porém essa busca nunca se saciará. E por trás dessas perguntas se esconde o medo da perda, da dor. Quem disse que preciso ser forte e esconder minhas lágrimas?
Sempre me perguntam o que quero ser, se tenho planos para o meu futuro.. E se disser que apenas quero ser feliz? É ironico como criticam pessoas impulsivas e como eu as invejo tanto. Sem preocupações, apenas vivem. E dai que não pensam no amanhã? Fazem o que querem do jeito que acham necessario; se erram, levantam-se e cometem mais loucuras. Descobrem prazeres, lugares, momentos. Talvez sejam pessoas insanas.
E a loucura dentro de nós que é obrigada a adormecer para não deixar a razão furiosa?Afinal não podemos estragar tanto trabalho superficial que nos é exigidos. E tudo isso é um beco cada vez mais afunilado, profundo.
Meus caminhos não sou eu que escolho porque outros insanos tem a coragem de demonstrar suas forças. E tudo que queria era afogar minha lucidez, deixar a loucura sobrepor a todas opiniões, criticas, olhares reprovadores.
Deixar tudo de lado, satisfazer as vontades do coração e a alma poder flutuar. No fim nada tem resposta, não existe o caminho certo. Preciso aprender sozinha, errar, acertar, nao ter medo de ser tachada. Só quero ser louca e viver..